8.2.08

Os Imperdoáveis


Clint Eastwood esperou toda a vida para ser reconhecido pela Academia de Hollywood. O Oscar chegou tarde, mas merecidamente. E irônico, justamente produzindo e dirigindo um gênero de filme que marcou o início de sua carreira.

Rotulado por alguns como o anti-faroeste, Eastwood realiza o mais intimista dos seus trabalhos. Primeiro altera o conceito do bom e velho western: seu personagem é um matador aposentado, viúvo e que quer apenas cuidar dos filhos. Largou a bebida e não pega mais em armas.

Trata-se, assim, de um personagem mais humanizado. Principalmente porque toda a ação de que ele participa é para ajudar uma pobre e indefesa prostituta que teve o rosto retalhado.

O diretor também muda a estética do gênero: o velho oeste não vive apenas debaixo de sol quente, com a típica vegetação seca. A fotografia de Jack N. Green (o preferido de Eastwood e que com ele já trabalhou em BIRD e MUNDO PERFEITO) dá plasticidade perfeita ao filme, que evidencia as cores escuras e frias (há sequências com chuva), tudo feito de forma a caracterizar ainda mais a amargura do personagem.

Não era preciso, mas Eastwood provou que seu nome é importante para a história do cinema. OS IMPERDOÁVEIS levou os Oscars de melhor filme, direção, ator coadjuvante (Gene Hackman) e montagem.

Spoiler Rating: 83
LBC Rating: ~

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