LAKE TAHOE, segundo filme do mexicano Fernando Eimbcke (TEMPORADA DE PATOS), é um daqueles filmes que nenhum distribuidor sabe como vender... Os diálogos são monossilábicos e a câmera fica estática durante 99,99% do tempo.
É uma receita para o desastre ou para a seca. Mas nas mãos de Fernando Eimbcke, é uma revelação. Nada nos 85 minutos do filme é casual, tudo faz parte do empenho de refletir como cada um transporta sua dor.
A mão da mãe aparecendo atrás da cortina da banheira, fumando, chorando e rodeada de álbuns de família, bastam a Eimbcke para refletir o desespero da mulher. Para a projeção no cinema do bairro de um filme de Bruce Lee, o diretor recorre a outra representação mínima: a tela escura, com os ruídos de kung-fu ao fundo.
E assim Eimbcke retorna à Berlim com sucesso. Uma cidade que havia visitado antes, como convidado do Talent Campus, oficina para jovens, onde rodou seu primeiro longa. Berlim não errou em convidá-lo...
Spoiler Rating: 82
LBC Rating: ~
Da Agência EFE
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