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Scarlett é uma mulher de 1930. Uma mulher moderna, obstinada e de espírito livre. O caminho dela foi aberto pelas garotas petulantes da era do jazz de Fitzgerald, pelas arrojadas atrizes daquele período e pela dura realidade econômica da depressão. A lascívia de Scarlett tem muito pouco em comum com o mito das delicadas flores sulistas, e tudo a ver com os símbolos sexuais dos filmes que forjaram a sua criadora: Margaret Mitchell.
É claro que Scarlett não poderia sair impune de três casamentos, de cobiçar o marido da meiga Melanie, de matar um saqueador ianque e de banir o terceiro marido da cama do casal, a fim de proteger a sua fina cintura do peso de uma gravidez. Isso fascinou (e ainda fascina) o publico que viu seu temperamento desafiar o chauvinista universo masculino, mas por fim, ela é punida, e é disso que “Francamente, querida, eu não ligo nem um pouco” se trata.
Clark Gable e Vivian Leigh caíram com perfeição nos dois papéis mais cobiçados da época. Sem dúvida, o filme ainda estará por aqui, por muitos anos, um estupendo exemplo da arte de Hollywood e uma cápsula do tempo da desagregação do sentimentalismo para um Civilização que o vento levou, está bem - levou, mas não esqueceu...
Spoiler Rating: 92
LBC Rating: ~
Por Roger Ebert
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