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Com uma sensibilidade incrível, o filme trata de assuntos como o preconceito de forma sutil, mas deixando bem claro que esse tipo de coisa existe e que o filme está ali para denunciá-las. Toda a simplicidade da estória passa longe de se tornar um empecilho para o desenvolvimento ideológico do filme, que tem como pano de fundo mostrar aos que assistem, que temos que conviver com as diferenças da melhor forma possível.
Dois trechos do filme – a cena em que Dumbo e sua mãe aprisionada tocam-se mutuamente com as trombas, e a do “elefante cor-de-rosa”, em que Dumbo, por acidente, ingere um pouco de álcool, cai no sono, e tem um pesadelo que o leva a descobrir sua capacidade de voar – são altamente divertidos, visualmente admiráveis e emocionalmente eficazes.
As músicas carismáticas de DUMBO renderam ao filme um Oscar de Melhor Trilha Sonora. Dentre elas destacam-se Baby Mine (que foi indicada ao Oscar de Melhor Canção), uma música emocionante que a mãe de Dumbo canta para ele quando o elefantinho vai visitá-la em sua "prisão". Além disso, DUMBO conta com o número musical mais psicodélico já feito em um animado Disney, "Pink Elephants on Parade". Após se embriagar inconscientemente, Dumbo começa a ver elefantes rosas que dançam e aprontam. O número é ótimo e é o ponto alto da animação do filme, a arte conceitual utilizada nos elefantes é incrível. Uma releitura da dança dos elefantes cor de rosa pode ser vista em NEM QUE A VACA TUSSA, onde vacas ficam coloridas ao ouvirem a musica hipnótica do ladrão Alameda Slim, mas o número não dá tão certo como em DUMBO.
Não foi à toa que DUMBO conquistou milhares de crianças, e se tornou um dos personagens mais amados do mundo, com direito até a uma capa da revista "Times", que só não aconteceu por causa do atentado a Pearl Harbor, Dumbo então, teve de ceder a capa para um general japonês. Sua simplicidade e seu poder de provocar emoções das mais diversas nos que assistem fazem de DUMBO mais um grande clássico Disney. Poesia, simplicidade e originalidade, são as palavras perfeitas para definir esse grande feito da animação.
Spoiler Rating: 81
LBC Rating: ~
Por Lóiam Torres (Animatoons), Marc Eliot (O Príncipe Sombrio de Hollywood) & Diana e Mário Corso (Fadas no Divã)
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