
Não espere, porém nada de muito novo ou brilhante. O diretor Steven Soderbergh caprichou na realização e em deixar seus amigos atores completamente à vontade. Sejam veteranos ou pouco conhecidos. Astros ou coadjuvantes, todos tem seu momento. Mas os que importam são George Clooney (como o líder do grupo de assaltantes) e seu comparsa Brad Pitt, ambos extremamente relax, à vontade, com enorme naturalidade (mas sem perder o timing de humor). Curiosamente ambos não se preocupam em esconder as primeiras rugas e marcas debaixo dos olhos. Até os deuses envelhecem.
O mérito do roteiro novo de Brian Koppelman e David Levien ("Cartas na Mesa") é mostrar que além de mero ladrões e vigaristas, os 11 amigos se importam um com o outro, a ponto de se reunirem quando um deles, Elliot Gould (Reuben) tem um enfarto e fica à beira da morte quando é enganado por um gangster dono de um novo cassino (Al Pacino). Todos então estão de volta para a elaborada e dispendiosa vingança, que irá incluir também o antigo inimigo Terry Benedict (Andy Garcia) em parte por ciúme de ter um rival no ramo de hotéis, em parte porque vê ali a chance de roubar uma fortuna em diamantes. Desta vez, praticamente não há mulheres com importância na trama, nem mesmo Ellen Barkin que faz Abigail, a mulher de confiança de Pacino.
Usando trilha musical e efeitos visuais (até no letreiros) que lembram os bons tempos de Sinatra e seu Clã em Vegas, este Treze Homens é uma prova de que quando Hollywood se esforça e coloca dinheiro em gente talentosa, o resulta é visualmente esplendido, digno de ser lembrado na época dos Oscars.
Spoiler Rating: 87
LBC Rating: 65
Por Rubens Ewald Filho
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