10000AC é puro cinema pipoca. Repleto de ação, aventura, centena de efeitos e uma narrativa épica (e mítica), o diretor volta-se para a aurora do mundo, recuando cem séculos no tempo para debruçar-se sobre a saga do primeiro herói, D'Leh (Steven Strait).
O público logo é convidado a acompanhar uma faminta tribo de caçadores que convivem com a iminente extinção de sua principal presa, o mamute. A certa altura, a tribo ainda sofre com o seqüestro de alguns de seus jovens e de uma bela menina de olhos azuis. Cabe ao herói resgatá-los.
Trata-se de uma aventura séria, mas com certa veia cômica e certo estilo kitsch. Os habitantes tribais – quase selvagens - falam um inglês sem restrições. Têm dentes branquíssimos e perfeitos. São todos solenes, com vocabulário e empostação de voz típicos dos clássicos hollywoodianos dos anos 50.
Por outro lado, a direção de arte é espetacular, criando com força faraônica, gigantescas civilizações perdidas. Virtuais, é claro. Fora uma debandada de mamutes e um tigre virtual ainda melhor que o leão Aslan de CRÔNICAS DE NÁRNIA. O que não é pouco.
O diretor usa todos os recursos do cinemão para construir uma história de redenção, com direito a segunda chance e volta ao lar, temas essenciais de Hollywood. Sem preconceito, é possível embarcar na magia de sua fábula. Mas ao vê-lo só nos obriga a dar crédito a Mel Gibson pelo semelhante e infinitamente superior APOCALYPTO.
Spoiler Rating: 63
LBC Rating: ~
Por Pedro Butcher (Folha), Luiz Carlos Merten (Estado) & Celso Sabadin (Yahoo Movies)
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