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O romance de Robert Penn Waren (ganhador do Pullitzer), em que o roteiro é baseado, se inspira claramente na carreira de um governador de Lousiana chamado Huey Long. Willie Stark tem o dom da oratória e é ajudado me sua campanha, por um jornalista intelectual (John Ireland), cuja ótica o espectador acompanha a historia, e por uma esperta mulher (Mercedes McCambridge) que coordena seus movimentos políticos. A ambição do corrupto Governador lhe custa a vida familiar e o respeito do filho adotivo (John Derek). Finalmente ele consegue escapar de um impeachment, em pleno caminho para a presidência, mas não das balas de um assassino (Shepperd Strudwick), cujo pai, um juiz, Stark arruinara.
O estilo de narração imita um documentário, fazendo com que as seqüências domesticas mostrem mais os efeitos de personalidade do protagonista do que o impacto que envolve a histéria e a violência das multidões. Mas isso não chega a prejudicar o que foi, com certeza, uma das grandes denuncias de chicana política que se fez no cinema.
O orçamento não chegou a um milhão de dólares, sendo o salário de Robert Rossen, para escrever, dirigir e produzir, de apenas 25 mil. Alem da coragem na escolha do argumento (Rossen já era encarado com desconfiança por suas simpatias esquerdistas), também foi corajosa a escolha do elenco pensando apenas nos melhores interpretes para cada papel. Seu método de trabalho era igualmente original: os atores só leram o roteiro uma vez; depois, tudo foi feito de improviso.
Ganhou 3 Oscar (Melhor Filme, Melhor Ator - Broderick Crawford e Melhor Atriz Coadjuvante - Mercedes McCambridge) e outras 7 indicações.
Spoiler Rating: 76
LBC Rating: ~
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