27.1.08

Sunshine Cleaning


A idéia por trás de SUNSHINE CLEANING – duas irmãs aproveitando uma oportunidade de negocio em limpar cenas de crime e remover produtos químicos perigosos – soa como uma ótima comedia de humor negro. Mas a diretora neozelandesa Christine Jeffs (SYLVIA) e o roteirista Megan Holly tiveram outras idéias... Esse estranho serviço é um ótimo trampolim para se explorar o autovalor, a solidão, e a aceitação. Ainda é comedia, mas talvez, mais cinza do que negra.

Amy Adams e Emily Blunt são duas atrizes em plena curva ascendente. São atraentes, divertidas e seu emparelhamento no filme é um toque de gênio. Com um marketing certo pode surpreender com algum premio.

O filme começa com cada uma com problemas. Rose (Adams), uma popular cheerleader de torcida que vê suas opções se limitar depois dos 30, aceita um trabalho patético como faxineira na casa do seu ex-namorado Mac (Steve Zahn), que agora é casado. Suas ambições só perdem para sua irmã Norah (Blunt), que vive as custas de seu pai Joe (Alan Arkin) e se distrai com drogas e um noivo frouxo.

Mac, que é policial, sucinta a hipotese de Rose fazer dinheiro limpando cenas de crime. E então, Rose arrasta Norah consigo nesse inusitado negocio que cresce vertiginosamente, tal a ânsia do povo de se livrar do sangue, miolos e outros inconvenientes.

O filme não explora as cenas de crime com muita comedia. De fato são cenas fortes: Rose conforta uma mulher cujo marido cometeu suicídio. Norah localiza uma filha em decomposição para dar a mãe algum consolo. E pela primeira vez em suas vidas, as mulheres realmente sentem que estão ajudando as pessoas. É como se limpar a bagunça de outras pessoas tenha uma tônica psicológica.

A química de Adams e Blunt é perfeita, produzindo vários momentos cômicos. Arkin interpreta um personagem que particularmente é sua especialidade. E assim, SUNSHINE CLEANING promete, e muito, ser o novo Miss Sunshine do ano.

Spoiler Rating: 81
LBC Rating: ~

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