Trata-se de um revival da rainha francesa que entrou para a história com a alcunha de "A Austríaca". A jovem Marie Antoinette chegou a Paris como cereja do bolo que deveria sacramentar a união entre a França e a Áustria, seu país de origem. No filme de Sofia Coppola, quando isso ocorre ela é uma adolescente despreparada para o papel de rainha, que deveria desempenhar ao lado de Luís XVI.
Há uma série de livros e ensaios que reavaliam o papel da rainha na história francesa. Há uma frase célebre que lhe é atribuída. Na fase pré-Revolução Francesa, os parisienses passavam fome e pediam pão, enquanto a corte vivia extravagantemente. A rainha teria dito - "Se eles não têm pão, que comam brioches." No filme, Sofia Coppola a absolve - "Imaginem se eu ia dizer uma idiotice dessas", reclama Maria Antonieta. O filme integrou a competição do Festival de Cannes. Sofia chegou à Croisette vitoriosa. Cahiers du Cinéma lhe deu capa e a classificação de obra-prima. Mas a maioria da crítica caiu matando sobre ela.
Barbie Antoinette, French Confection. A Maria Antonieta de Sofia talvez tenha mais a ver com a diretora do que com a personagem histórica. Como Scarlett Johanssen no filme anterior de Sofia, ela vive "lost in translation". De cara, o marido não consuma a união. O filme levanta a suspeita de que Luís teve ajuda para manter a linhagem. A vida na corte é uma frivolidade só. Maria Antonieta é um pouco uma patricinha em Versalhes, com o detalhe da música dos anos 80, quando Sofia, princesa de Hollywood (filha do rei Coppola), era adolescente. Mas essa menina um tanto voluntariosa se revela mãe e esposa exemplares. À fuga, prefere a morte na guilhotina, ao lado do marido. Sofia pode ser crítica em relação a Maria Antonieta, mas lhe devolve a grandeza.
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4.1.08
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