26.1.08

Downloading Nancy


Como diretor de estréia, Johan Renck confundiu “arriscar” com “ser imprudente”. Ao lançar mão de todas as considerações comerciais em DOWNLOADING NANCY para contar os últimos dias de uma mulher irremediável, deprimida e suicida com automutilação, sadomasoquismo e; por fim, uma morte violenta, Renck passa da conta ao remover esse lamaçal com carregada auto-indulgência. Não suficiente, o filme carrega o famigerado tagline de “inspirado em uma história verídica”.

Maria Bello, abusada na infância pelo tio, resultando em graves conseqüências para seu corpo e alma, cai na armadilha do casamento que rapidamente esfria. Seu único alivio é a auto-mutilação. Enquanto, o marido (interpretado por um pegajoso Rufus Sewell) se distrai jogando golfe. Ela encontra um companheiro de dor na Internet. Ela propõe que se encontrem e... Propõe que a mate. O homem, (Jason Patric), concorda.

E esses eventos correm em paralelo com outros eventos que ocorrem antes e depois desse encontro: Cenas das mais infrutíferas do cinema. O roteiro de Pamela Cuming & Lee H. Ross cede ao desejo da autodestruição, mas mostra pouco interesse em analisar o passado na busca de suas causas. Os atores têm pouco a fazer.

E é o filme mais feio captado pela lente do fotógrafo Christopher Doyle. A iluminação é tão monótona e os ângulos tão insípidos que parecem querer infligir no publico a mesma dor que o diretor atribuiu espontaneamente nos seus personagens.

Spoiler Rating: 45
LBC Rating: ~

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