CLOVERFIELD é um "BRUXA DE BLAIR de monstro", ou melhor, um "Godzilla Unplugged". Afinal o filme é inteiramente rodado com câmeras digitais caseiras, como se fossem as perspectivas da população.
Para definir o bicho, pense numa criaturinha de 25 andares de altura. Digo criaturinha porque ele é um bebê monstro. É novo, está confuso, desorientado e irritado. Esteve nas profundezas do mar por milhares e milhares de anos. E imagine todas essas coisinhas pequenas - os humanos - atacando-o e deixando-o mais nervoso. Nada matará o monstro, mas o machucam e o monstro não compreende. É o novo ambiente que o assusta.
A trama do filme acompanha a despedida de Rob (Michael Stahl-David), que está indo para o Japão, a terra dos monstros gigantes. Ironicamente, a metrópole que está para ser arrasada por um "ser ensandecido" é Nova York - e a festa de Rob vira uma noite de terror. Há pânico nas ruas, devastação, bolas de fogo, devastação, explosões gigantescas e...Já mencionei devastação?
Os atores são completamente desconhecidos e seus personagens, tão pouco interessantes ou desenvolvidos. Afinal quem pensa em melodrama quando se está fugindo de um monstro? Mas os clichês estão todos lá: O herói, o rebelde, o cínico...
Tecnicamente, o visual é frio, agitado, montagem picada, onde vale tudo, cortes bruscos, chicote de câmera, fora de foco, um ritmo mais agitado, um verdadeiro pesadelo claustrofôbico, aguçado por excelentes efeitos especiais.
E como o filme inteiro não tem música, no final, o compositor Michael Giacchino (OS INCRÍVEIS, RATATOUILLE) surpreende com um grande tributo aos filmes de monstros que certamente vai segurar nas poltronas os mais aficcionados.
Spoiler Rating: 85
LBC Rating: ~
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