BUENA VISTA SOCIAL CLUB trata-se de um fantástico documentário de Win Wenders, o diretor alemão de alguns clássicos como O AMIGO AMERICANO e PARIS, TEXAS. É o tipo de filme que não deveria passar nos cinemas, e sim numa discoteca, sem poltronas para assistí-lo. O ritmo caribenho que pontua o filme a cada segundo não permite que as pernas fiquem paradas. É uma delícia de se ouvir e até dançar.
O mais interessante é o fato de um filme tão vivo, tão alegre, tão contagiante, ter sido realizado por um diretor alemão, que tem no seu currículo obras cerebrais, com histórias bem contadas, mas com o jeitão seco dos germânicos.
O projeto iniciou-se numa viagem do guitarrista Ry Cooder (que assina a trilha sonora de PARIS, TEXAS) à ilha de Cuba, lugar parecido com o Brasil, onde as pessoas se reúnem para tocar e dançar a envolvente música local. Cooder foi gravar mais um disco, um álbum solo de Ibrahin Ferrer, a grande figura do filme. Ferrer lidera a trupe de velhinhos que toca com a vitalidade de garotos. Isso arrepia!
O filme de Win Wenders foi aplaudidíssimo em vários festivais de cinema em que foi exibido, e ganhou também muitos prêmios, entre eles o de Melhor Documentário da Associação de Críticos de Los Angeles e de Nova York.
A trilha sonora do filme, embalada pela banda "Buena Vista Social Club", cujo cantor e violonista Compay Segundo está com 91 anos, funciona bem no CD - que foi lançado no Brasil já faz um tempo - e na tela. Com canções da velha guarda como "Veinte años", "Dos gardenia" e outras, que fazem "a cabeça" de iniciantes nos iluminados ritmos das ilhas do Caribe.
Filmado em Cuba, em Nova York - em pleno Carnegie Hall - e em Amsterdam (Holanda), "Buena Vista Social Club" emociona a todo momento. É um filmão daqueles feitos com o coração, a alma aberta e muito suingue.
Spoiler Rating: 72
LBC Rating: ~
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