PEQUENA MISS SUNSHINE é uma história banal, mas bem contada, com um roteiro com toques de originalidade (e sem fios soltos) e um elenco em que todos os atores estão nos personagens certos. Olive (a miniatriz Abigail Breslin), a caçula da família Hoover, foi classificada e quer concorrer ao concurso do título, uma aberração norte-americana que coloca meninas maquiadas e vestidas como mulheres num simulacro com tintas pedófilas dos concursos de miss de verdade.
Está claro desde o início que ela será uma marginal na competição, no momento em que Olive e sua família vão sendo apresentados: o pai (Greg Kinnear), um escritor fracassado de auto-ajuda; a mãe (Toni Collette), uma dona-de-casa com um subemprego; o avô (Alan Arkin), viciado em heroína e criador da apresentação da neta, que o adora; o tio (Steve Carell, hilariante), que acaba de tentar suicídio porque seu namorado o deixou pelo expert número 1 em Proust no país -Carell é o número 2-; e o irmão (Paul Dano), fã de Nietzsche, que decidiu parar de falar por um ano em homenagem ao filósofo alemão.
Embarcam todos numa Kombi laranja-amarelada (ou amarelo-alaranjada) em direção ao concurso. Durante a "road trip", o veículo se tornará um sétimo e importante personagem, um fator de agregação, dessa turma nada funcional. Chegarão ao destino uma família menor, mas mais unida.
Spoiler Rating: 94
LBC Rating: 70
Por Sérgio Dávila - Folha de São Paulo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário