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O filme, uma adaptação do livro homônimo, conta a história de uma mãe assassinada pelo próprio filho, em um enredo que mostra a decadência de uma família poderosa em meio ao incesto que cerca seus protagonistas. O fato de a obra abordar o incesto atrasou por alguns anos sua produção, já que os investidores americanos tinham receio de vincular sua imagem a um tema tão controverso, segundo o espanhol Icaer Monfort, produtor do filme.
Foram quase oito anos tentando tirar o filme do papel nos Estados Unidos, o que não aconteceu graças ao "puritanismo dominante", segundo Monfort, que está "convencido" de que isso fez ainda com que SAVAGE GRACE estreasse na Quinzena dos Realizadores, uma das duas seções paralelas do Festival de Cannes, e não em sua seleção oficial.
No entanto, o produtor admite que ele mesmo sente "pudor de olhar para a tela" quando a bela, carismática e dominante Barbara Daly Baekeland (Moore) pratica o incesto que fecha a relação desenvolvida com seu filho Tony, sempre desprezado por seu pai, que terminou abandonado em sua juventude.
Monfort lembrou ainda a extrema delicadeza de Tom Kalin ao abordar a tragédia de Barbara, sem julgá-la, enquanto o diretor comentou seu interesse em mostrar "as perturbações mentais, a angústia que podem monopolizar um homem".
"Era um papel muito difícil, pois era uma mulher cheia de graça, de elegância, de doçura. Não era um monstro", disse Julianne Moore, a estrela do filme.
Assim como seu marido e filho, Barbara Baekeland era uma mulher "profundamente doente, profundamente perturbada, mas suas intenções sempre foram puras", acrescentou a atriz.
Spoiler Rating: 74
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