Em IRINA PALM, Marianne Faithfull faz a senhora de meia-idade que precisa buscar de maneira heterodoxa uma jeito de levantar dinheiro. Acontece que seu neto tem uma doença rara e precisa se tratar na Austrália. É preciso dinheiro para a viagem e hospedagem do menino. O que fazer? Maggie (Faithfull) já passou daquela idade em que as pessoas encontram emprego com facilidade e então precisa improvisar. E, ao acaso, ela consegue...Mas em quê? Segredo...Isso vocês verão no filme! Por enquanto, basta dizer que ele andou provocando polêmica por aí, ao tratar de sexualidade, em especial quando não tem gente jovem envolvida. Mas aborda o assunto com gentileza e não busca o choque fácil.
Em termos de linguagem cinematográfica, o filme de Sam Garbarski é muito simples. Não busca o sensacionalismo (nem mesmo o visual) e também evita a pieguice, mesmo que providencie um happy end – à sua maneira. Não há cenas edificantes, música subindo, glamurização desnecessária ou metáforas de crescimento. Ele repousa a qualidade do filme no talento da atriz.
E Faithfull está perfeita. "Fala" bastante com o rosto e encarna com bastante altivez a personagem que aceita o que destino lhe reserva. Não é pouca coisa para um filme contemporâneo: Buscar a dignidade humana onde menos se espera encontrá-la.
Spoiler Rating: 74
LBC Rating: ~
Por Érico Borgo (Omelete) e Luiz Zanin Oricchio (Estado)
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