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Entretanto, a atriz e diretora de 40 anos nem chegou a ver o sucesso deste que foi seu último trabalho no Festival de Sundance deste ano. Ela foi assassinada por um imigrante equatoriano em Nova York, em novembro de 2006.
Jenna (Keri Russell) é uma garota sufocada por prisões que ela mesma construiu para si. Ela cria e cozinha tortas que deliciam a todos, poderia abrir seu próprio restaurante, mas prefere se submeter a um patrão grosseiro, trabalhando como garçonete. É bonita e inteligente, mas vive submetida a Earl (Jeremy Sisto), um marido possessivo que a trata como lixo. Desconhecedora de seu potencial como profissional e mulher, talvez nem a própria Jenna saiba por que tanta resignação - e nem é intenção do roteiro discutir isso -, mas o fato é que a jovem garçonete, logo na primeira cena do filme, fica sabendo que finalmente terá um motivo para buscar rumos totalmente diferentes em sua vida: um filho. E filho muda tudo.
Misturando elementos cômicos e dramáticos, GARÇONETE narra com eficiência e fluidez o drama de uma mulher que não sabe a própria força que tem. É uma espécie de crônica contra o imobilismo, um pequeno grito de liberdade que emana de um restaurantezinho perdido numa esquina qualquer do interior dos EUA, mas que tem poder de ecoar por todos os cantos. É a velha história de ser universal sem sair do seu quintal. O roteiro bem tramado e a direção, sóbria e segura, encontram respaldo numa ótima galeria de coadjuvantes, todos não apenas bem construídos, como também interpretados com muita eficiência, representando tipos humanos dos mais curiosos. Cada um deles daria um outro filme.
Spoiler Rating: 88
LBC Rating: 78
Por Celso Sabadin (Cineclick) e Redação Terra
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