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Eis, em três parágrafos, um resumo possível do imbróglio. No Queens, Nova York, a mãe solteira Fay Grim (Parker Posey) vê-se às voltas com um filho problemático, que acaba de ser expulso do colégio depois de ter mostrado aos colegas (e principalmente às colegas) um brinquedinho que exibe imagens pornográficas. Ela teme que o garoto siga os passos do pai, Henry Fool (Thomas Jay Ryan), que está desaparecido e foragido da polícia.
O irmão de Fay, o escritor Simon Grim (James Urbaniak), cumpre pena na cadeia por ter facilitado a fuga de Fool. O FBI acossa Fay por suspeitar que os manuscritos da autobiografia de Fool contêm mensagens cifradas a ser usadas por terroristas muçulmanos, com os quais ele teria se envolvido. Segundo os policiais, Fool está morto.
Forçada a colaborar com as investigações do FBI e da CIA, Fay vai a Paris e a Istambul, onde se envolve com gente misteriosa de todos os tipos de organização e passa a desconfiar que Henry Fool esteja vivo.
Infelizmente, não há razão para uma continuação de Henry Fool. E isso fica claro ao se avaliar de perto FAY GRIM e perceber que não faz sentido que Hal retome aquele mesmo universo, ainda mais, para tentar explicá-lo e destituir de força o personagem de Henry, um bêbado, provocador e iconoclasta, através de alguma mistificação irônica envolvendo espionagem. Assim, o filme acaba decepcionando justamente por não conseguir reeditar o interesse pela história e os personagens do filme anterior.
Em determinado instante de seu diálogo com um terrorista, Henry Fool profere: "Às vezes, temos que ir para a obscuridade para nos tornamos depois gênios". Quem sabe, Hal Hartley não siga a letra, o conselho de seu personagem?
Spoiler Rating: 66
LBC Rating: ~
Por Leonardo Luiz Ferreira (Revista Paisá) e José Geraldo Couto (Folha)
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