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O bilhete de Rohmer soou especialmente comovente dado o frescor e a leveza de seu filme, em nada parecido com a obra de um homem velho. A partir de um clássico da literatura francesa escrito por Honoré d'Urfe no começo do século 17, o diretor retoma o estilo dos outros filmes de época de sua carreira, recusando-se a encenar diante da câmera uma representação pseudo-realista do passado. Prefere investir em um visual inspirado em pinturas e gravuras da mesma época e em diálogos não-atualizados, que mantêm a poética muito particular do período.
Na linha da fábula pastoril, dois amantes se desentendem, se separam e acabam se reencontrando depois de muitas situações equívocas. Ambientada no século 5 d.C., segundo uma narrativa do século 17.
Com toda sua poesia, o filme de Rohmer pareceu deslocado.
Spoiler Rating: 85
LBC Rating: ~
Por Pedro Butcher (Folha de São Paulo)
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