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Pode-se ver uma oposição entre o paraíso aquático intocado dos indígenas e o inferno da civilização: é esplêndida a maneira com que as vastas paisagens são reveladas no início, de uma amplidão sem fim; como elas são aprisionadas no recorte das janelas, nas frestas das paliçadas construídas pelos europeus; como contrastam com a natureza livre das novas terras.
POCAHONTAS não denuncia, porém, nem civilização nem barbárie; não exalta nem o éden original nem a cultura dos europeus. Também não tenta uma versão crítica dos acontecimentos que tiveram Pocahontas como heroína. Nenhuma imposição realista. História e mito mostram-se os mesmos, num mesmo tecido cujas fibras são difíceis de distinguir. Também os afetos não se deixam analisar: eles surgem, existem, não mais. POCAHONTAS revela sentidos impossíveis de serem ditos.
Spoiler Rating: 72
LBC Rating: ~
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