


.jpg)
Em GLORY TO THE FILMAKER, Kitano apresenta uma mesma célula temática sob vários ângulos. Como jurou não dirigir mais filmes sobre gângsteres e violência, o diretor, interpretado por ele mesmo, não sabe o que fazer para atingir o público. Filmar como Ozu, fazer comédias populares, filmes de horror? GLORY TO THE FILMAKER é um desastre indescritível. Mais valia ter estado quieto, ou voltado com a palavra atrás e feito outro filme de gangsters.
A piada começa interessante, mas logo vai perdendo a graça e cansando. O público, exausto, deixa a sala. Ruim, para quem é tido como mestre por HANA-BI: FOGOS DE ARTÍFICIO, um filme mágico. Bons tempos...
À pergunta sobre o perigo desse cinema auto-referente se esgotar em si mesmo, Kitano respondeu de maneira sincera: "Ainda vou fazer um terceiro filme sobre essa questão, com o objetivo mesmo de desmantelar tudo, não deixar pedra sobre pedra e recomeçar do zero." Só se pode desejar que essa psicanálise selvagem termine logo e Kitano possa voltar a fazer o seu grande cinema.
Spoiler Rating: 55
LBC Rating: ~
Por Luiz Zanin Orocchio (estado de São Paulo) e Eurico de Barros (Diário de Notícias)
Nenhum comentário:
Postar um comentário