Talvez o elemento que mais fascine seja o fato de que quase tudo que é visto no filme, aconteceu de verdade. É fato que Maria, candidata a freira pouco ortodoxa, foi trabalhar como governanta na casa de Georg Von Trapp, viúvo e pai de sete filhos. Capitão reformado da marinha, Georg tenta reorganizar sua vida após a perda da primeira mulher. Ao conhecer Maria Kutscher, rompe o noivado com uma nobre vienense e casa-se com ela. Como está no filme, afronta o domínio nazista na Áustria e foge ao ser convocado para integrar a marinha alemã. Tudo isso está lindamente exposto no filme, personificado por Julie Andrews, Christopher Plummer e um grupo de talentosas crianças.
A NOVIÇA REBELDE foi um filme notável não apenas pela história que contava. Há também a trilha musical que foi exaustivamente elaborada, pois além do filme ser um musical, estava retratando uma família que era famosa por sua musicalidade.
A fotografia é algo surpreendente, não só nas tomadas ao ar livre nos Alpes, mas também nas filmagens em cenário, em especial as noturnas. Observem as cenas no cemitério do convento e também quando Maria e Georg se entendem no jardim. Uma curiosidade sobre esta cena: Julie e Plummer não conseguiam conter o riso quando iam filmar e depois de trinta tomadas, resolveram fazer a cena em contraluz, que rendeu uma imagem fantástica.
Para a 20th Century Fox, A NOVIÇA REBELDE representou o renascimento do estúdio. Quando todos esperavam a falência do grupo, que vinha de um fracasso monumental que foi CLEOPATRA, Ernest Lehman, o roteirista de O REI E EU e AMOR SUBLIME AMOR foi contratado para escrever o script do novo filme. O primeiro diretor contratado, William Wyler, que vinha do megasucesso BEN-HUR queria fazer uma história de guerra, com canhões, tanques e bombas. Por fim, Robert Wise, o mesmo diretor de AMOR SUBLIME AMOR foi escolhido.
A NOVIÇA REBELDE foi um filme onde tudo deu certo. Uma boa história, um bom roteiro, uma direção segura, trilha musical impecável, elenco profissional e fotografia primorosa. A resposta da crítica e do público não poderia ser diferente do que foi. O filme ganhou cinco Oscars: Melhor Filme, Direção, Edição, Trilha Musical e Arranjos. Em todos os países do mundo a recepção foi calorosa, com a única exceção da Alemanha. Lá só foi exibida uma versão sem o terço final do filme. É curioso, pois em 56 e 58 foram rodados lá os primeiros filmes sobre a família Trapp.
Spoiler Rating: 93
LBC Rating: ~
Nenhum comentário:
Postar um comentário