5.2.08

No Calor da Noite


Numa cidadezinha do estado sulista de Tenessee chega um oficial policial negro da Filadelfia, Virgil Tibbs, para ajudar o xerife racista local a resolver um caso de assassinato de um importante homem de negócios.

É preciso situar-se em sua epóca, em plena luta pelos direitos civis, quando ainda era corajoso, ousado e polêmico criticar o rascismo e defender os negros, para entender o sucesso desse filme que ganhou 5 OSCARs: Melhor Filme, Ator (Rod Steiger), Roteiro, Edição (O futuro diretor Hal Ashby, muito elogiado por seu trabalho) e Som. Mas não ganhou diretor para Norman Jewison. Ele perdeu para Michael Nichols por A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM. Décadas depois ele levou um Oscar especial da Academia.

Na verdade, os prêmios estavam errados, Steiger ganhou por consolação (ele merecia por O HOMEM DO PREGO (1965), merecia mais Poltier (que já tinha ganho em 1961 por UMA VOZ NAS SOMBRAS). Também a trilha musical de Quincy Jones é marcante, assim como a excelente fotografia de Haxwell Wexler. A fita deu origem depois a uma série de TV com Carroll O´Connor (de 1988 a 1990).

O filme revela os sinais de uma época, na fotografia (com o uso pioneiro da lente zoom, que muda o foco no meio de uma tomada) e em certos confrontos. Mas ainda é bem dirigida e eficiente, desde a chegada do policial (que por ser negro é imediatamente preso) até a frase famosa de Poltier: "They call me Mr. Tibbs", aliás, ele voltaria representar o mesmo personagem em duas fitas inferiores, em NOITE SEM FIM (1970) e A ORGANIZAÇÃO (1971). Steiger, como de hábito, super-representa, mas tem uma presença marcante. Traz música-tema homônima de Quincy Jones, interpretada por Ray Charles.

Spoiler Rating: 81
LBC Rating: ~

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