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A trama é engenhosa: escritora de romances criminais que fazem grande sucesso (Fanny Ardant, ainda deslumbrante) é acusada de um assassinato digno de seus livros quando seu secretário particular (Dominique Pinon) desaparece. Esse, na verdade, é apenas um fio da história, que se constrói por meio de uma série de pistas, quando não falsas, enganosas.
Ao equilibrar literatura e cinema de mistério, Lelouch constrói uma divertida trama à la Agatha Christie, oferecendo caminhos e personagens que não parecem ser o que apresentam. Para isso, ele se apóia em atores que compreendem seu papel e oferecem as nuances de gestos e olhares capazes de enganar o público. Especialmente Dominique Pinon, ator que compensa a falta de grandes atributos físicos com uma bem dosada mistura de subserviência e inteligência no papel do secretário, que conduz a história de forma a lhe trazer sucesso - ao menos, acredita que conduz.
Lelouch mostra que voltou enxuto e dinâmico, como seu cinema dos anos 1960. Também não perdeu o gosto pelas belas canções francesas e aqui presta uma homenagem a Gilbert Becaud.
Spoiler Rating: 71
LBC Rating: 58
Por Luiz Carlos Merten
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