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Os brinquedos de TOY STORY não são criaturas humanizadas, frutos da projeção da infância e do pensamento que leva as pessoas a se dirigirem aos objetos como se fossem criaturas vivas na ficção. A originalidade do filme consiste em adotar, estritamente, o ponto de vista dos bonecos, como seres únicos.
Foi o que percebeu o crítico francês Charles Tesson. Num texto intitulado “Os Brinquedos também Morrem”, ele começa se perguntando se os bonecos de TOY STORY têm alma. Pode ser que não, mas possuem, em todo caso, uma história nesse novo mundo virtual, inteiramente produzido e animado no computador. O cinema é isso - uma reflexão sobre o ser e o estar das pessoas no mundo. Isso pode ser percebido em TOY STORY. É até um dos fatores, talvez o principal, que fazem do filme não apenas um acontecimento para crianças, mas também para adultos. Esse é um daqueles que você, papai ou mamãe, tem o maior prazer de assistir com os filhos.
Imagine o quarto de uma criança repleto de brinquedos: soldadinhos, robôs, tanques de guerra, monstros e animais. De repente, tudo isso ganha vida própria. Essa é a idéia número um de TOY STORY. A número dois parte de uma concepção real e culmina com a engenhosidade fantástica dos roteiristas. A real: aqui a criança tem um brinquedo predileto, um cowboy chamado Woody. A fantasia: Woody e todos os outros brinquedos não admitem a chegada do astronauta Buzz Lightyear, o novo brinquedo que a criança ganhou de aniversário.
A aventura tem início e os protagonistas são somente os brinquedos, tendo à frente Woody e Buzz. O primeiro leva aquilo como uma guerra territorial. O segundo tem um drama interior, pois acredita mesmo ser um astronauta e conquistador de planetas. Mais à frente revela-se sua verdadeira origem, resultando num momento bastante sublime e comovente.
Spoiler Rating: 90
LBC Rating: ~
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